quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Mãe de Medina quer usar experiência com o filho para formar novos surfistas



Era dia de festa e a casa estava cheia. Na inauguração do Instituto Gabriel Medina, Simone Medina, mãe do surfista e presidente da instituição, tratava de receber bem a todos. Conversava com um aqui, falava com outro ali... Nos papos, não escondia o orgulho dos 38 meninos e meninas selecionados para fazerem parte do projeto. Era como uma mãezona orgulhosa, sabe? Pois é. É assim mesmo que ela se sente. Para Simone Medina, o instituto deu a ela "novos filhos". Por isso, quer usar a experiência com Gabriel para agora ajudar a formar novos talentos para o surfe.

Simone exibe o troféu que Gabriel Medina ganhou ao ser campeão mundial (Foto: Danilo Sardinha/GloboEsporte.com)

Com Gabriel Medina, primeiro brasileiro campeão mundial de surfe, Simone aprendeu na prática o processo de formação de um atleta. Recentemente, ela fez cursos sobre o que será aplicado no instituto, como sobre a alimentação e os treinos. As crianças serão treinadas pelos professores. Mas aquele amor de mãe faz Simone querer estar por dentro de todos os processos.


– Ganhei mais filhos. 40 filhos! Sabe aquela sensação, de você falar: “queria ter 18 anos, mas a cabeça que tenho hoje”? Deus me deu a oportunidade de viver isso. Poder voltar, passar as experiências para filhos que poderiam ser os meus desde pequeno, mas com a cabeça de 46. Estou vivendo aquela retrospectiva de pensar: “meu filho tinha essa idade quando ele começou a surfar”. Hoje, tenho toda essa experiência para passar para eles. E vai ser muito melhor do que com meu filho. Isso é muito legal. Fico viajando nisso. Ter essa oportunidade de voltar com a cabeça de 46, com toda experiência – disse Simone.


+ Novo Kelly Slater? Padrasto crê que Gabriel Medina vai surfar até os 40 anos
+ Gabriel Medina inaugura instituto em Maresias

Simone Medina com as crianças do instituto em competição no último fim de semana (Foto: Munir el Hage/Divulgação)

Além do amor pelas crianças, Simone Medina carrega um sentimento grande pelo surfe. Natural de São Paulo, chegou à praia de Maresias, em São Sebastião, exatamente por causa do esporte, já que gostava de surfar. Era 1991. Dois anos depois, teve o primeiro filho: Gabriel Medina. Viu o garoto crescer no surfe. Enquanto Charles Saldanha, padrasto de Gabriel, era o acompanhante nas viagens, ela ficava em Maresias trabalhando para ajudar nas despesas com as competições e os gastos da família. Além de Gabriel, Simone tem outros dois filhos: Felipe e Sophia. Essa última faz parte das crianças que integram o instituto.

Gabriel Medina quando criança (Foto: Reprodução)

– Eu ficava trabalhando para fazer um dinheiro, pagar uma inscrição ou outra. Foi bem correria. Mas eu não tinha a experiência que tenho hoje. Então, a gente encontrava mais dificuldades. Mas o legal nesse tempo foi que sempre tivemos uma coisa de tirar o bom do ruim. Quando as dificuldades apareciam, falávamos: “agora estamos mais fortes”. Toda vez que perdíamos, que dava errado, pensávamos que agora estávamos mais fortes. Era sempre a frase que usávamos – relembrou.


– Já trabalhei de tudo em Maresias. Menos roubar, traficar ou me prostituir (risos). Já fui doméstica, faxineira, vendedora de loja, garçonete, gerente de loja... Inclusive, o meu diretor administrativo aqui no instituto, foi meu patrão. Ele tinha uma loja e eu era gerente dele. O Marquinhos. Já trabalhei em muita coisa. Fiz tudo o que pude para manter os meus filhos neste lugar – acrescentou.

Charles Saldanha, Gabriel Medina e Simone na inauguração do instituto (Foto: Aleko Stergiou/Instituto Gabriel Medina)

Simone conta que a ideia da criação de um instituto em Maresias surgiu nessa época que Gabriel Medina era jovem. O desejo, segundo ela, partiu do surfista mesmo. Porém, por causa da questão financeira, o instituto não pode ser feito em anos anteriores. Agora que o projeto saiu do papel, ela comemora a oportunidade de seguir trabalhando com crianças que tentam trilhar o mesmo caminho de Gabriel Medina.


– Nesse tempo, aprendi que temos que fazer tudo com muito amor e prazer para ser uma pessoa bem resolvida e realizada. Você realizar um sonho na vida do outro, ver um moleque dando uma entrevista e falando que chegou até aqui porque aprendeu isso e aquilo, faz você pensar: “valeu a pena”. Estou vendo esse dia lá na frente. Eu até me emociono (começa a ter lágrimas nos olhos). Imagina isso? Seria demais – destacou.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Fã de surfista sem braço, cadeirante quer Guinness por encarar Pororoca



No ano passado, o surfista Andre Melo de Souza tornou-se o primeiro cadeirante a encarar a Pororoca no Maranhão. O feito já era algo bem difícil de imaginar, principalmente para um atleta paraplégico: encarar as águas escuras recheadas de animais como piranhas, jacarés e cobras e atravessar as matas hostis não parece nem agradável, muito menos fácil de se fazer. Mas agora o atleta de 34 anos quer alçar voos mais altos. Fã da americana Bethany Hamilton, que perdeu um braço após ser mordida por um tubarão, Andrezinho Carioca vai enfrentar novamente a onda que nasce do encontro das correntes fluviais com as águas oceânicas. Desta vez, no Amapá, onde é mais extensa e perigosa. O motivo? Entrar no Guinness Book, o Livro dos Recordes.

Enquanto se planeja para a façanha, ainda sem data certa para ocorrer, Andrezinho Carioca surfa divulgando as marcas que o patrocinam ao lado de seu treinador Guga, que entra na água com ele. O carioca se prepara para a missão que, segundo ele, não é nem de longe como surfar nas praias, mesmo nas mais perigosas do mundo.

- Você precisa de quem te coloque lá dentro. Se você quer surfar na Indonésia, Costa Rica, Austrália e Pipeline, é só ter dinheiro. Você avalia seu nível de surfe e vê até onde pode ir. Na Pororoca, precisa de mais que dinheiro. Você precisa estar com alguém que conheça a região. Tem muitos bichos. Ninguém fala: ‘Semana que vem vou surfar a Pororoca’. Pega a prancha e vai. Precisa de jet skis, de uma embarcação, de pessoas que conheçam muito bem o local - relatou o surfista, lembrando da experiência de 2012.
Andrezinho Carioca posa ao lado de prancha adaptada na Prainha, no Rio de Janeiro (Foto: Vinícius Boneco)

- Eu ia sair daqui com um grupo que vai junto, pronto há meses. Alguns dias antes da viagem, o cara da organização disse que não ia ter mais porque eles furaram. Eu liguei para o presidente da Abrasp (Associação Brasileira de Surfe Profissional), que não acreditou que eu iria sozinho. Ele me disse que se eu aparecesse lá, ele ia me botar na onda nem que tivesse que entrar no rio e me empurrar para dentro dela. Mandei até a cópia da minha passagem para provar que não estava mentindo - brincou o surfista, que produziu um vídeo lembrando momentos como o acidente, o surfe na Pororoca e a trajetória no esporte em geral (confira as imagens produzidas por Andrezinho acima).
Eu já não sentia as pernas há uns dois dias, estava me conformando"
Andrezinho Carioca

Andrezinho Carioca ficou paraplégico em 2000, aos 21 anos, em um acidente de moto. Na época, era noivo e ainda estava na escola, pouco após dar baixa no exército, onde serviu por um ano. No hospital, ficou sabendo que viveria em uma cadeira de rodas. Mas sua reação não foi de desespero. Como normalmente faz, ele tentou buscar o lado positivo. Ao ver a chamada das Paralimpíadas de Sidney, na Austrália, na televisão do quarto do hospital, decidiu que seria um atleta paralímpico.

- O médico esteve no meu leito e disse: 'O seu caso é grave e você sofreu uma lesão na medula. Mas, além disso, teve uma fratura de três vértebras, que esfarelaram. Temos que fixar sua coluna para te tirar do risco. Vamos fazer de tudo para você ter uma vida melhor na cadeira de rodas'. Ele foi direto, objetivo, passou o recado. Eu já não sentia as pernas há uns dois dias, estava me conformando. Fiquei com aquilo na cabeça e vi umas chamadas na televisão das Paralimpíadas. Aquilo me chamou a atenção. Minha mãe veio me perguntar o que o médico tinha me falado, ela estava preocupada com o que eu ia sentir. Eu falei: 'Ele disse que eu vou ser um atleta paralímpico' - comentou o carioca que, antes do acidente, curtia andar de skate e fazer rapel.
Andrezinho Carioca surfa no Canto do Recreio, no Rio de Janeiro (Foto: Arquivo Pessoal)

Depois da tragédia, veio o período do vai e volta no hospital. Andrezinho Carioca adquiriu uma infecção hospitalar e quase morreu. As febres não paravam. Quando pensou que o pior fosse acontecer, mais uma vitória. Aos poucos, ele foi melhorando. Assim que ficou 100%, pôs em prática seu plano de ser atleta. Primeiro, conheceu a treinadora de ginástica Georgette Vidor, também cadeirante após um acidente de ônibus em 1997. A ela, que era deputada estadual, pediu uma cadeira especial para ser corredor. A técnica não conseguiu realizar o pedido, mas abriu portas para ele, chamando-o até para ser seu assessor parlamentar.

Mais tarde, encontrou a treinadora Sandra Perez, que fazia um trabalho de basquete e handebol adaptado no batalhão dos guardas, onde Andre havia servido antes do acidente. Ele conta que muitos dos cabos de quem foi colega se espantaram com o fato dele estar em uma cadeira de rodas por conta de sua aptidão física, a melhor do grupo antes do acidente. Andrezinho Carioca ainda voltou a estudar: terminou a escola e iniciou uma faculdade de Direito.
Puxado pelo técnico Guga, Andrezinho Carioca desce rampa rumo à água (Foto: Vinícius Boneco)

Depois, conheceu um projeto social para remadores cadeirantes e logo se destacou. Passou por Vasco, Botafogo, Flamengo e até a seleção brasileira. Só parou quando sua treinadora teve filho e precisou ficar focada na família. A partir daí, seus treinos eram passados por telefone, fato que o desanimou aos poucos e o fez largar as competições. Por meio de Ronaldo, um amigo cadeirante que também remava, ele conheceu a "Adaptsurf", um projeto social para surfistas adaptados. E desde o dia em que entrou no mar a primeira vez, quer estar lá dentro sempre (no vídeo acima, há imagens de Andre na estreia nas águas, na Praia do Pepê, na Barra da Tijuca).

- Eu não entendi nada, a gente não mexia a perna, por que iria ter prancha de quilha? Procurei na internet e achei a "Adaptsurf". Conheci o Felipe Nobre, um dos fundadores. Marquei uma aula experimental, fiz, curti e passei a ser um frequentador assíduo. Fui o primeiro aluno que quis fazer daquilo sua vida. Dá trabalho. Para chegar na água, preciso de um cara que vai montar minha cadeira de praia, entrar comigo no mar. Mas é muito gostoso estar lá dentro, é o lugar onde sinto mais liberdade. Não preciso ficar toda hora sentado. Ou eu estou em cima da prancha, ou largo a prancha e nado. É meu contato mais próximo com Deus - afirmou Andrezinho Carioca, mostrando a prancha adaptada, com três quilhas de borracha, para não se cortar; um deck para ficar com o peito levantado, já que não tem sustentação na dorsal; e alças para prender as mãos e dar a direção ao equipamento na onda.
Andrezinho Carioca anda com cadeira na pista automotiva (Foto: Vinícius Boneco)

Mas a prática do surfe adaptado não é fácil. Segundo Andre, falta acessibilidade. Na Prainha, onde costuma surfar no Rio de Janeiro, existem duas vagas para deficientes, além de uma rampa. No dia em que o carioca encontrou com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM no local, um carro estava estacionado bem em frente ao acesso da areia para cadeirantes. Ele precisou conduzir sua cadeira pela pista até chegar em outra entrada possível, mais à frente. Além disso, uma mulher parou seu veículo em uma das vagas reservadas. Ou seja, além da estrutura, falta respeito das pessoas.

- Não é muito comum você ver pessoas com cadeira de rodas na praia. A acessibilidade é difícil, é bastante complicado - lamentou Andrezinho.

Inspirações são surfista sem braço e palestrante motivacional sem membros

Para superar o fato de não ter os movimentos das duas pernas e as dificuldades dentro do mar, Andrezinho Carioca se apega às figuras de Bethany Hamilton e Nick Vujicic. A loira de 23 anos é o maior ícone de superação para ele. Aos 13 anos, a havaiana sofreu um ataque de tubarão em Tunnels Beach e perdeu um braço. Mesmo diante dessa situação, tornou-se surfista profissional e compete com atletas que não são deficientes.

Ela chegou a ser terceira colocada no Rio Surf International, disputado no Rio de Janeiro, em 2009, e segundo no Campeonato Mundial Junior, na Austrália, no mesmo ano. Fascinado, ele revela que a conheceu no evento carioca e tirou foto com ela. Namorador, Andrezinho Carioca conta que se encantou com a musa, que é casada com Adam Dirks.
Bethany Hamilton encontrou seu fã Andrezinho Carioca no Brasil (Foto: Arquivo Pessoal)

- Tenho muitos ídolos do surfe. Mas a primeira imagem que vem na cabeça é da Bettany Hamilton. É a maior história de superações. Ela tinha 13 anos, um período em que a mulher começa a tomar corpo, se interessar por vaidade, cultuar o corpo, e foi acometida por um ataque de tubarão que arrancou o braço dela. Muito mais que voltar a surfar, foi a situação de passar por cima daquilo tudo. Ela não tem o braço. Rema com um braço só, dá o golfinho, surfa disputando no surfe convencional com as meninas que têm os dois braços. Ela desenvolveu uma forma de ficar em pé na prancha, remar, se adaptou. Ela é o ícone e é linda. Pena que o pai dela estava sempre do lado aqui no Rio - disse, abrindo o sorriso, em relação à surfista cuja vida até deu origem ao filme "Soul Surfer", estrelado pela britânica Ana Sophia Robb, em 2011.

Em um vídeo na internet, Bethany Hamilton ensina Nick Vujicic a surfar. O australiano também tem uma história bastante emocionante de superação. Nascido sem os braços e as pernas por conta da Síndrome de Tetra-amelia, doença caracterizada por uma falha na formação embrionária, ele teve uma infância bastante difícil. Mas deu a volta por cima, e se formou em Contabilidade e Planejamento Financeiro. Aos 17 anos, lançou a "Vida sem Membros", uma organização sem fins lucrativos que dá palestras motivacionais ao redor do mundo. Além disso, ainda pratica esportes, como natação e surfe.

- Eu queria ter conhecido ele. Ele esteve aqui na Bienal do Livro, no Rio de Janeiro. É uma história de vida sensacional - concluiu Andrezinho Carioca, sem perder o sorriso no rosto que é sua principal característica.

Gabriel André vence segunda etapa do Circuito Paulista de Surfe



No último fim de semana, a Praia de Pitangueiras, em Guarujá, foi o cenário escolhido para a disputa da segunda etapa do Circuito Paulista de Surfe (Hang Loose Surf Attack). O destaque do evento ficou por conta do surfista Gabriel André que superou na final da categoria júnior (até 18 anos) o atual campeão e líder do ranking, Marcos Corrêa, de São Vicente.

- Estou muito feliz. Deus não faz nada pela metade. Consegui superar um dos melhores surfistas (Marcos Corrêa) de hoje em dia. Acredito que minha viagem foi muito produtiva e agora tudo valeu a pena - explica Gabriel que recentemente esteve na Califórnia, nos Estados Unidos.

Gabriel venceu na categoria júnior, atingindo as notas oito e 8,40 nas duas baterias que disputou. Nas outras categorias os vencedores foram: Igor Moraes, na mirim e Samuel Pupo, na iniciante, ambos de São Sebastião; Matheus Herdy, de Santa Catarina, na estreante; e Diego Aguiar, de Ubatuba, na Petit. Por equipes (categoria cidades), São Sebastião levou a melhor e ficou a frente de Guarujá, Ubatuba e Praia Grande respectivamente.

sábado, 17 de agosto de 2013

Vídeo - Conheça Paulo Ricardo, um surfista adaptado


Paulo Ricardo Souza tem conseguido bons resultados nas competições. Foto: Guilherme Solano.

Paulo Ricardo Souza, 23 anos, natural de Xangri-la/RS descobriu o surf aos nove anos através do bodyboard.

Aos 5 meses ele sofreu com paralisia infantil devido a reação da vacina, fato que o fez aprender a caminhar somente aos 6 anos de idade.

Com o passar dos anos o surf ganhou importância em sua busca pelo equilíbrio físico e mental e assim descobriu o Kneeboard (surf de joelhos), inspirado pelo sócio-fundador da ONG Adaptsurf (www.adaptsurf.org.br) Henrique Saraiva, assim como pelas ações sociais desenvolvidas pela ONG.

Em 2012, Paulo participou pela primeira vez do Circuito Adaptsurf, primeiro circuito de surf para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida do Brasil, realizado na cidade do Rio de Janeiro.

Ano passado participou de duas etapas, terminando o ano na sétima colocação do ranking ao garantir um 3º lugar na etapa do Arpoador, e também obteve um 3º lugar na última etapa. Este ano, na primeira etapa, ficou novamente em 3º lugar.

Além de fissurado pelo surf, Paulo também é um excelente fotógrafo, sempre registrando os melhores momentos de ação da galera que surfa no Píer (Praia de Atlântida).

Dessa vez colocamos ele do outro lado das lentes para contar um pouco mais da sua história e mostrar seu talento no kneeboard.

Imagens e edição: Guilherme Solano A.I.P.E www.aipe.com.br


Vídeo Bodyboarding - “O dia” do Shock


A onda do Shock é muito sinistra. Frame de vídeo.

Esse é o vídeo do considerado “O dia” de uma das ondas mais potentes do litoral brasileiro.

Localizada em Itacoatiara, Niterói, a onda conhecida como Shock volta e meia mostra sua verdadeira face.

Um fundo de pedra que quebra em volta de pedras é uma onda difícil de se fazer, com laterais e degraus, somam um conjunto que faz dela quase um monstro em certas condições.

Em uma das session mais intensas já registrada desse lugar, locais como Guilherme Correa, Dudu Pedra, Kalani Lattanzi, entre outros, se atiram em bombas realmente fora do comum.

Svrnafkll.&BOWL
Edição: Filipe Malek
Imagem: Ronald Lima e Filipe Malek


WCT Tahiti - Agora é com Medina

Miguel Pupo conquistou a única vitória brasileira na sexta-feira. Foto: Kirstin Scholtz / ASP.


As ondas subiram um pouco na sexta-feira, o suficiente para Teahupoo mostrar seus tubos perfeitos quebrando na bancada de corais mais perigosa do ASP World Tour.

Mais três surfistas ganharam nota 10 no segundo dia do Pro Tahiti, um deles o havaiano John John Florence na bateria contra o brasileiro Miguel Pupo na terceira fase.

Agora, só Gabriel Medina defende o país na etapa que abre a segunda metade da temporada 2013 até o dia 26 no Tahiti. Ele disputa com o havaiano Fredrick Patacchia a penúltima vaga para a rodada das duas chances de classificação para as quartas de final neste sábado na Polinésia Francesa.

Medina foi escalado na 11.a das doze baterias da terceira fase e na sexta-feira só foi possível realizar até a oitava porque o dia começou com os oito confrontos que faltavam para encerrar a repescagem.

Ele foi o único brasileiro que estreou com vitória na quinta-feira e nem competiu no segundo dia de ondas bem melhores, com séries mais constantes de 3-5 pés, principalmente durante a tarde quando Teahupoo parece ter ligado sua máquina de tubos para os duelos da terceira fase.

Veja a GALERIA DE FOTOS.

Eles começaram a aparecer com mais frequência um pouco antes, nos últimos confrontos da repescagem que abriram a sexta-feira. Filipe Toledo e Miguel Pupo pegaram bons tubos na bateria que garantia um segundo brasileiro na terceira fase, mas uma eliminação em 25.o lugar também.

Ambos computaram duas notas na casa dos 7 pontos e Pupo conseguiu a vitória na última onda que surfou, virando o placar para 15,30 a 14,97 pontos.

Melhor apresentação

Na bateria seguinte começou o show de tubos em Teahupoo. O francês Jeremy Flores já largou com uma nota 9,10 e logo surfou um tubo mais incrível ainda para merecer a segunda nota 10 do Pro Tahiti 2013. Para fechar a melhor apresentação do campeonato, completou mais um canudo que valeu 9,33 e o recorde de pontos desta sexta etapa do WCT.

O americano Brett Simpson também pegou bons tubos e poderia ter vencido cinco das oito baterias da repescagem disputadas na sexta-feira com os 17,10 pontos que totalizou contra Jeremy Flores.

Os tubos não paravam de bombar em Teahupoo e logo na sequência o australiano Kai Otton atingiu 19,06 pontos com notas 9,73 e 9,33. A terceira fase também começou quente, com o sul-africano Jordy Smith ganhando por 17,90 a 17,70 do australiano Nathan Hedge.

Jeremy Flores voltou a competir e a pegar um tubaço nota 9,77 para derrotar o americano Damien Hobgood por 17,87 pontos. E teve o duelo australiano encerrado em 18,53 a 17,93 da vitória de Josh Kerr sobre Kieren Perrow.




John John arramou ma nota 10 e venceu Pupo. Foto: ASP.



Todos chegaram perto da nota 10, mas quem conseguiu mais uma unanimidade dos cinco juízes foi o havaiano John John Florence. Ele já dropou encaixado de grabrail e sumiu dentro do tubo, saindo só depois do spray e ainda completando a onda com duas manobras para arrancar a segunda nota máxima do dia.

Não deixou nada para Miguel Pupo e repetiu a vitória conquistada sobre o brasileiro na primeira fase somando 19,10 pontos, segundo maior placar do campeonato. Pupo terminou em 13.o no Taiti e não melhorou sua situação nem no WCT e nem no ranking mundial unificado da ASP, que só computa os resultados dos tops da elite a partir do nono lugar.

Líderes do ranking

Quem também igualou o feito único do australiano Anthony Walsh na quinta-feira foi o defensor do título desta etapa e atual líder do ranking mundial, Mick Fanning. E o australiano precisou mesmo de uma onda perfeita para superar o havaiano Ian Walsh que liderava a bateria por 17,60 pontos, mas levou a virada com os 17,83 que Fanning alcançou com a nota 10.

Kelly Slater também teve trabalho para derrotar o outro classificado pelas triagens, Anthony Walsh. No melhor tubo chegou a receber 10 de três juízes, mas a nota 9,77 também foi decisiva para a vitória por 18,97 a 16,23 pontos.

Com a classificação para a quarta fase, que já garante um mínimo de 4.000 pontos no ranking, Mick Fanning tirou o sul-africano Jordy Smith da briga pela ponta no Tahiti.

Agora, os únicos concorrentes são Kelly Slater e o atual campeão mundial Joel Parkinson. Taj Burrow, Nat Young e Adriano de Souza, que também tinham chances matemáticas quando começou o Billabong Pro Tahiti, foram eliminados sem vencer nenhuma bateria em Teahupoo este ano.




Mick Fanning encara John John e Adrian Buchan na quarta fase. Foto: ASP.



Quartas de final

Parkinson não competiu na sexta-feira e vai fechar a terceira fase neste sábado com o taitiano Alain Riou, que barrou Adriano de Souza na repescagem. Os que já passaram para a quarta fase terão agora duas chances de classificação para as quartas de final.

Na primeira os confrontos são formados por três competidores como na rodada inicial e a vitória garante passagem para as quartas de final. Mas, os perdedores têm a repescagem para prosseguir na disputa do título no WCT do Tahiti.

A primeira batalha pelas vagas entre os oito finalistas será entre Jordy Smith, Jeremy Flores e o australiano Josh Kerr. A segunda também está formada pelo atual campeão do Pro Tahiti, Mick Fanning, o também nota 10 John John Florence e o australiano Adrian Buchan.


Filipe Toledo está no grupo que se reclassifica para o WCT 2014. Foto: Kirstin Scholtz / ASP.


Já Kelly Slater e Kai Otton aguardam o terceiro adversário, que sairá do duelo entre os australianos Julian Wilson e Adam Melling que vai abrir o sábado em Teahupoo. E o quarto confronto será completado pelos vencedores das três últimas baterias da terceira fase, que pode ter Gabriel Medina entre eles se o brasileiro derrotar o havaiano Fredrick Patacchia.

Brasil no WCT 2014

Além de Medina que fechou a primeira metade da temporada 2013 do ASP World Tour em 16.o lugar no ranking, Adriano de Souza em sétimo e o estreante Filipe Toledo em 13.o, estão entre os 22 primeiros que são mantidos na elite dos top-34 do WCT para o ano que vem.

Com a vitória no ASP Prime US Open of Surfing, Alejo Muniz passou a garantir sua permanência entre os dez indicados pelo ASP World Ranking, assim como o carioca Raoni Monteiro, que por motivos particulares cancelou sua participação no Pro Tahiti.

O ranking mundial unificado da ASP, que computa os resultados do WCT e das etapas do ASP Prime e ASP Star, está classificando duas novidades para o Brasil em 2014, o potiguar Jadson André e o catarinense Willian Cardoso, que fecha o G-10 do ASP World Ranking no momento.

Com isso, sete brasileiros estariam no WCT 2014, um a mais do que os seis deste ano. Do time atual, o único que não está conseguindo vaga em nenhuma das duas listas é o paulista Miguel Pupo, que começou a temporada contundido e não participou das primeiras etapas na Austrália.

Confira os melhores momentos da sexta-feira:



Round 4
Vitória=Quartas de Final / 2.o e 3.o=Repescagem
1.a: Jordy Smith (AFR), Josh Kerr (AUS), Jeremy Flores (FRA)
2.a: Mick Fanning (AUS), John John Florence (HAV), Adrian Buchan (AUS)
3.a: Kelly Slater (EUA), Kai Otton (AUS) e o vencedor da 9.a bateria da 3.a fase
4.a: Vencedores da 10.a, 11.a e 12.a baterias da 3.a fase

Round 3
Derrota=13.o lugar – US$ 9.000 e 1.750 pontos
Baterias que fecharam a sexta-feira
1.a: Jordy Smith (AFR) 17.90 x 17.70 Nathan Hedge (AUS)
2.a: Jeremy Flores (FRA) 17.87 x 15.60 Damien Hobgood (EUA)
3.a: Josh Kerr (AUS) 18.53 x 17.93 Kieren Perrow (AUS)
4.a: John John Florence (HAV) 19.10 x 11.13 Miguel Pupo (BRA)
5.a: Adrian Buchan (AUS) 17.03 x 16.27 Bede Durbidge (AUS)
6.a: Mick Fanning (AUS) 17.83 x 17.60 Ian Walsh (HAV)
7.a: Kelly Slater (EUA) 18.97 x 16.23 Anthony Walsh (AUS)
8.a: Kai Otton (AUS) 16.43 x 16.27 Matt Wilkinson (AUS)
Ficaram para abrir o sábado
9.a: Julian Wilson (AUS) x Adam Melling (AUS)
10: C. J. Hobgood (EUA) x Yadin Nicol (AUS)
11: Gabriel Medina (BRA) x Fredrick Patacchia (HAV)
12: Joel Parkinson (AUS) x Alain Riou (TAH)

Round 2
Vitória=Terceira Fase / Derrota=25.o lugar – US$ 8.000 e 500 pontos
Baterias que abriram a sexta-feira
5.a: Nathan Hedge (AUS) 15.33 x 14.76 Michel Bourez (TAH)
6.a: Josh Kerr (AUS) 17.17 x 13.17 Patrick Gudauskas (EUA)
7.a: Julian Wilson (AUS) 14.77 x 8.60 Alejo Muniz (BRA)
8.a: Adam Melling (AUS) 14.10 (8.33) x 14.10 (8.27) Sebastian Zietz (HAV)
9.a: Miguel Pupo (BRA) 15.30 x 14.97 Filipe Toledo (BRA)
10: Jeremy Flores (FRA) 19.33 x 17.10 Brett Simpson (EUA)
11: Kai Otton (AUS) 19.06 x 14.33 Kolohe Andino (EUA)
12: Adrian Buchan (AUS) 13.90 x 13.60 Travis Logie (AFR)

Vídeo Indonésia - A perfeição de Greenbush





A onda de Greenbush é muito perfeita! Frame de vídeo.

A onda de Greenbush, em Mentawai, Indonésia, é uma das mais perfeitas do mundo.

Ela é uma esquerda que roda um tubo largo e pesado.

Na última semana de julho, entre os dias 24 e 31, o pico quebrou com um consistente swell e o videomaker Rowan Walker, do Macaronis Resort, registrou uma galera pegando barrels de sonho.

Confira!


Teahupoo - Gigante perfeito !



Alain Riou conseguiu surfar duas bombas, uma em cada dia, sendo que a primeira foi uma das maiores ondas do swell. Crédito: Bidu.

Monitorando as tempestades do sul do Pacífico desde o início de maio, o fotógrafo Bidu Correia e o nosso colunista Felipe Cesarano nos deram uma notícia bombástica (literalmente!). A maior ondulação de 2013 estava a caminho de Teahupoo. Um dia antes do swell encostar no Tahiti, a dupla desembarcou em solo polinésio e, após mais uma session pra ficar na história, entrou em contato conosco pela internet narrando tudo o que aconteceu por lá.

Everaldo Pato foi um dos brasileiros que embarcou de última hora para Teahupoo e foi recompensado com esse tubão de braços abertos. Crédito: Bidu.

SURFAR - Em 2011, o Manga te botou em uma bomba e esse ano foi a sua vez. Como foi essa história?
GORDO - O Manga reclamou que eu joguei ele no rabo das ondas no swell de 2011, então nesse swell só botei ele no olho do furacão... Rs! A maior onda foi rápida demais e ele acabou sendo engolido. Quando levantou do caldo, o Manga tomou na cabeça a maior onda surfada pelo Raimana, uma bomba gigante! O resgatei logo depois e ele estava totalmente grogue, desorientado e teve amnésia... Ele não se lembra de nada! Que depois fomos na areia, ajeitamos a prancha, comemos, voltamos e ele nada... Rs! Acho que foi uma porrada muito violenta que acabou o deixando ainda mais maluco... Rs!

Pedro "Manga" Aguiar é um dos brasileiros mais insanos em Teahupoo. Manga ficou muito deep nessa onda, não conseguiu completar o tubo e, para piorar, tomou na cabeça a bomba que veio atrás. Crédito: Bidu.

SURFAR - É melhor pegar a bomba e se quebrar todo ou voltar pra casa sem ter surfado a bomba?
GORDO - Porra, em 2011 eu estava todo arrebentado, mas com a sensação de missão cumprida. Esse ano não peguei nenhuma gigante e fiquei meio frustrado. Não é sempre que a gente ganha, né?! Foi bom porque pilotei bastante, puxei o Manga, Inaldo, Burle... Mesmo não tendo destaque, foi bom para mim estar lá aprendendo com os melhores do mundo.

Alex Gray é sempre um dos destaques em Teahupoo. Na maior série do dia, ele consegiu pegar essa bomba que foi a primeira. Logo em seguida, veio a onda do Koa Rothman. Crédito: Bidu.

SURFAR - Como foram esses dias de swell?
BIDU - O swell durou três dias, mas por causa de alguns problemas que surgiram em relação ao barco, eu só pude registrar a tarde do primeiro dia e a manhã do segundo. O primeiro começou com ondas em torno de 6-8 pés pela manhã, e quando chegou no início da tarde já começaram a surgir bombas de 15-20 pés. Acredito até que a onda do Koa Rothman tenha um pouco mais de 20 pés e foi surfada na tarde do primeiro dia. No segundo dia ainda vinham umas bombas, porém estava um pouquinho menor. No terceiro acertou e rolou uma sessão no limite da remada, pena que eu não tinha mais barco para registrar, já que fotógrafos e cinegrafistas do mundo todo alugaram as poucas opções disponíveis.

Koa Rothman em um dos maiores tubos já registrados em Teahupoo. Sem dúvida foi o momento mais insano de todo o swell. Esta onda e a do Nathan Fletcher, no swell de 2011, estão sendo consideradas as maiores já surfadas no Tahiti. Crédito: Bidu.

SURFAR - Como estava o clima no canal?
BIDU - Eu nunca tinha visto um crowd assim no Tahiti. Não tinha um espaço vazio no canal. Era um barco batendo no outro para se posicionar melhor, jet ski entrando na frente, muitas vezes colocando todos em risco, pois todos queriam o melhor ângulo. Como tinha muito barco na frente, a briga ficou intensa o dia todo. Inclusive teve um que quase virou completamente e acabou derrubando quatro ou cinco pessoas que estavam nele. Acho que em breve vai rolar um acidente feio por lá!

SURFAR - Quem pegou a maior onda do swell?
BIDU - A maior onda do swell foi surfada pelo Koa Rothman. Acredito que um dos grandes responsáveis por isso foi o Laird Hamilton. Ele simplesmente ignorou todo mundo no outside e colocou o Koa na maior onda de todo o swell. Não podemos tirar o mérito do Koa também, que mostrou muita disposição e coragem para encarar aquela bomba.

Laird Hamilton e seu estilo inconfundível em uma das bombas que surfou durante o dia. Além de escolher sempre as melhores ondas, ele foi o responsável por colocar o havaiano Koa Rothman na maior de todo o swell. Crédito: Bidu.

SURFAR - Surfistas e a mídia do mundo inteiro foram atrás desse swell. Como estava o clima no outside?
GORDO - Estava muito perigoso! Muitos jet skis fazendo tow e entrando um na frente do outro, e os barcos no canal naquela loucura de melhor ângulo e tal... Teve até uma lancha que furou uma onda enorme e acabou perdendo 40 mil dólares em equipamento.

SURFAR - Por que os brasileiros não tiveram tanto destaque nesse swell?
GORDO - Porque o crowd estava indigesto e não temos moeda de troca, então neguinho não estava nem aí para a gente! Eram os taitianos pegando todas e puxando quem eles quisessem. Depois os havaianos impregnando e o resto do mundo tentando pegar as sobras. Tava complicado! Só pra você ter uma ideia, na onda do Koa havia uns 10 jets vindo para ela... Sei que o Burle era um deles e estava certinho para ir, mas o Laird Hamilton cortou todo mundo e jogou o Koa na onda... É foda! Quem vai mexer com o Laird e o filho do Fast Eddie? Quem fizer isso nunca mais pisa no Hawaii, né?!

Ricardinho chegou segunda de noite no Tahiti, surfou o dia inteiro na terça-feira e de noite já estava embarcando de volta ao Brasil para competir no WCT no Rio de Janeiro. Será que valeu a pena? Crédito: Bidu.

SURFAR - Então o domínio dos taitianos e dos mais experientes fizeram muita diferença?
BIDU - Com certeza isso influenciou bastante. Todas as maiores ondas do swell foram surfadas por surfistas puxados pelos taitianos e pelos outros surfistas que tinham algum vínculo com os locais. Quem não fazia parte da “panela” só conseguia pegar as ondas que eles dispensavam. O Ricardinho se deu bem com essa história. Além de ser um dos melhores tube riders do Brasil, ele se destacou pelo talento e por ter sido puxado pelo taitiano Manoa Drollet. Ser rebocado por um local num dia como aquele acaba fazendo muita diferença.

SURFAR - Qual swell foi maior: esse ou o de 2011?
GORDO O de 2011 estava maior. Estava até passado. Por mais que a onda do Koa tenha sido tão grande quanto à do Nathan Fletcher, a realidade daquele swell era outra.

Depois de um wipeout horrível durante o swell em 2011, Keala Kenelly voltou a Teahupoo e mostrou por que é a atual vencedora do Billabong XXL. Crédito: Bidu.

SURFAR - Qual a diferença entre esses swells?
GORDO - Esse estava muito mais perfeito e durou três dias. As ondas abriam sempre, estava clássico! O outro estava um pouco maior, durou só um dia e estava mais torto.

SURFAR - Alguém se destacou?
BIDU - Além das bombas surfadas pelo Raimana e Koa, a Keala Kennely me impressionou! Ela surfou duas bombas nesse swell sem demostrar medo. Eu imaginava que a Keala estaria traumatizada, já que no “Red Code” de 2011 ela foi de cara na bancada e sofreu cortes profundos no rosto. Esse ano voltou com tudo, não se intimidou e pegou ondas ainda maiores do que ela surfou no swell de 2011.

Com o domínio dos taitianos , o local Raimana Van Bastolaer foi um dos surfistas que mais pegou ondas nesse swell. A baforada desta onda foi tão forte que quase virou um barco e acabou derrubando quatro pessoas na água. Crédito: Bidu.

As ondas subiram e Teahupoo mostrou seus tubos perfeitos



As ondas subiram e Teahupoo mostrou seus tubos perfeitos. Crédito: Kirstin/ASP.

No segundo dia do Billabong Pro Tahiti, as ondas subiram um pouco nesta sexta-feira e Teahupoo mostrou seus tubos perfeitos quebrando na bancada de corais mais perigosa do ASP World Tour. Mais três surfistas ganharam nota 10, sendo um deles o havaiano John John Florence na bateria da terceira fase contra o brasileiro Miguel Pupo. Agora Gabriel Medina é o único representante tupiniquim na etapa que abre a segunda metade da temporada 2013 até o dia 26 no Tahiti. Ele disputa com o havaiano Fredrick Patacchia a penúltima vaga para a rodada das duas chances de classificação para as quartas de final do evento.

Gabriel Medina é o único representante brazuca na competição. Crédito: Kirstin/ASP.

O paulista foi escalado na 11.a das doze baterias da terceira fase. Ontem só foi possível realizar até a oitava, pois o dia começou com os oito confrontos que faltavam para encerrar a repescagem. Medina foi o único brazuca que estreou com vitória na quinta-feira e nem competiu no segundo dia de ondas bem melhores, com séries mais constantes de 3-5 pés, principalmente durante a tarde quando Teahupoo parece ter ligado sua máquina de tubos para os duelos da terceira fase.

Filipe Toledo pegou bons tubos em sua bateria. Crédito: Kirstin/ASP.

Os tubos começaram a aparecer com mais frequência nos últimos confrontos da repescagem que abriram o dia de ontem. Filipe Toledo e Miguel Pupo pegaram bons tubos na bateria que garantia um segundo representante verde-amarelo na terceira fase, mas uma eliminação em 25.o lugar também. Ambos computaram duas notas na casa dos 7 pontos, sendo que Pupo conseguiu a vitória na última onda que surfou, virando o placar para 15.30 a 14.97 pontos.

Jeremy Flores pegou um tubo incrível e marcou a segunda nota 10 da competição.Crédito: Kirstin/ASP.

MELHOR APRESENTAÇÃO – Na bateria seguinte começou o show de tubos em Teahupoo. O francês Jeremy Flores começou com uma nota 9.10 e logo surfou um tubo mais incrível ainda para merecer a segunda nota 10 da competição. E fechando a melhor apresentação do evento, ele completou mais um canudo de nota 9.33 e o recorde de pontos desta sexta etapa do WCT. O americano Brett Simpson também pegou bons tubos e poderia ter vencido cinco das oito baterias da repescagem disputadas ontem com os 17.10 pontos que totalizou contra Flores.

O australiano Kai Otton. Crédito: Kirstin/ASP.

Os tubos não paravam em Teahupoo. Na sequência, o australiano Kai Otton alcançou 19.06 pontos com notas 9.73 e 9.33. A terceira fase também começou quente. O sul-africano Jordy Smith ganhou por 17.90 a 17.70 do aussie Nathan Hedge. Jeremy Flores caiu na água novamente e pegou um tubaço que valeu nota 9.77 para derrotar o americano Damien Hobgood por 17.87 pontos. Além disso, rolou um duelo australiano encerrado em 18.53 a 17.93 com a vitória de Josh Kerr sobre Kieren Perrow.

John John Florence não deu chances para Miguel Pupo e repetiu a vitória conquistada sobre o brasileiro na primeira fase. Crédito: Robertson/ASP.

Apesar de todos chegaram perto da nota 10, quem conseguiu mais uma unanimidade dos juízes foi o havaiano John John Florence, que dropou encaixado de grabrail e sumiu dentro do tubo, saindo só depois do spray e ainda completando a onda com duas manobras para arrancar a segunda nota máxima do dia. Assim Florence não deu chances para Miguel Pupo e repetiu a vitória conquistada sobre o brasileiro na primeira fase, somando 19.10 pontos, segundo maior placar do campeonato. Pupo terminou em 13.o e não melhorou sua situação nem no WCT e nem no ranking mundial unificado da ASP, que só computa os resultados dos tops da elite a partir do nono lugar.

Miguel Pupo começou a temporada contundido e não participou das primeiras etapas. Crédito: Kirstin/ASP.

LÍDERES DO RANKING – Quem também igualou o feito único do australiano Anthony Walsh na quinta-feira foi Mick Fanning, defensor do título desta etapa e atual líder do ranking mundial. O aussie precisou mesmo de uma onda perfeita para superar o havaiano Ian Walsh que liderava a bateria por 17.60 pontos, mas levou a virada com os 17.83 que Fanning alcançou com a nota 10. Kelly Slater também teve trabalho para derrotar o outro classificado pelas triagens, Anthony Walsh. No melhor tubo, ele chegou a receber 10 de três juízes, mas a nota 9.77 também foi decisiva para a vitória por 18.97 a 16.23 pontos.

Kelly Slater teve trabalho para derrotar Anthony Walsh em sua bateria. Crédito: Robertson/ASP.

Com a classificação para a quarta fase, Mick Fanning tirou o sul-africano Jordy Smith da briga pela ponta no Tahiti. Agora os únicos concorrentes são Kelly Slater e Joel Parkinson, atual campeão mundial. Taj Burrow, Nat Young e Adriano de Souza, que também tinham chances matemáticas quando começou o evento, foram eliminados sem vencer nenhuma bateria em Teahupoo este ano.

Joel Parkinson. Crédito: Kirstin/ASP.

QUARTAS DE FINAL – Joel Parkinson não caiu na água ontem e vai fechar a terceira fase hoje com o taitiano Alain Riou, que despachou Mineirinho na repescagem. Os que já passaram para a quarta fase terão agora duas chances de classificação para as quartas de final. Na primeira, as disputas são formadas por três competidores como na rodada inicial e a vitória garante passagem para as quartas de final. Mas os perdedores têm a repescagem para prosseguir na disputa do título no WCT do Tahiti.

O taitiano Alain Riou derrotou Mineirinho na repescagem. Crédito: Robertson/ASP.

A primeira briga pelas vagas entre os oito finalistas será entre Jordy Smith, Jeremy Flores e o australiano Josh Kerr. Na segunda estão Mick Fanning, o também nota 10 John John Florence e o australiano Adrian Buchan. Já Kelly Slater e Kai Otton aguardam o terceiro adversário, que sairá do duelo entre os australianos Julian Wilson e Adam Melling que vai abrir o dia de hoje em Teahupoo. E o quarto confronto será completado pelos vencedores das três últimas baterias da terceira fase, que pode ter Gabriel Medina entre eles se o brasileiro derrotar o havaiano Fredrick Patacchia.

Alejo Muniz. Crédito: Kirstin/ASP.

BRASIL NO WCT 2014 – Além de Gabriel Medina, que fechou a primeira metade da temporada 2013 do ASP World Tour em 16.o lugar no ranking, Mineiro (sétimo) e o estreante Filipe Toledo (13.o) estão entre os 22 primeiros que são mantidos na elite dos top-34 do WCT para 2014. Com a vitória no ASP Prime US Open of Surfing, Alejo Muniz passou a garantir sua permanência entre os dez indicados pelo ASP World Ranking, como também Raoni Monteiro, que cancelou sua participação no Billabong Pro Tahiti.

Visual das ondas. Crédito: Kirstin/ASP.

O ranking mundial unificado da ASP, que computa os resultados do WCT e das etapas do ASP Prime e ASP Star, está classificando duas novidades para o Brasil em 2014: o potiguar Jadson André e o catarinense Willian Cardoso, que fecha o G-10 do ASP World Ranking no momento. Com isso, sete brasileiros estariam no WCT 2014, um a mais do que os seis deste ano. Do time atual, o único que não está conseguindo vaga em nenhuma das duas listas é o paulista Miguel Pupo, que começou a temporada contundido e não participou das primeiras etapas na Austrália.

Confira o Billabong Pro Tahiti ao vivo clicando aqui

QUARTA FASE CLASSIFICATÓRIA – Vitória=Quartas de Final / 2.o e 3.o=Repescagem:

1.a: Jordy Smith (AFR), Josh Kerr (AUS), Jeremy Flores (FRA)
2.a: Mick Fanning (AUS), John John Florence (HAV), Adrian Buchan (AUS)
3.a: Kelly Slater (EUA), Kai Otton (AUS) e o vencedor da 9.a bateria da 3.a fase
4.a: Vencedores da 10.a, 11.a e 12.a baterias da 3.a fase

TERCEIRA FASE – Derrota=13.o lugar – US$ 9.000 e 1.750 pontos:

———-baterias que fecharam a sexta-feira:

1.a: Jordy Smith (AFR) 17.90 x 17.70 Nathan Hedge (AUS)
2.a: Jeremy Flores (FRA) 17.87 x 15.60 Damien Hobgood (EUA)
3.a: Josh Kerr (AUS) 18.53 x 17.93 Kieren Perrow (AUS)
4.a: John John Florence (HAW) 19.10 x 11.13 Miguel Pupo (BRA)
5.a: Adrian Buchan (AUS) 17.03 x 16.27 Bede Durbidge (AUS)
6.a: Mick Fanning (AUS) 17.83 x 17.60 Ian Walsh (HAW)
7.a: Kelly Slater (EUA) 18.97 x 16.23 Anthony Walsh (AUS)
8.a: Kai Otton (AUS) 16.43 x 16.27 Matt Wilkinson (AUS)

———-ficaram para abrir o sábado:

9.a: Julian Wilson (AUS) x Adam Melling (AUS)
10: C. J. Hobgood (EUA) x Yadin Nicol (AUS)
11: Gabriel Medina (BRA) x Fredrick Patacchia (HAW)
12: Joel Parkinson (AUS) x Alain Riou (TAH)

SEGUNDA FASE – REPESCAGEM: Vitória=Terceira Fase / Derrota=25.o lugar – US$ 8.000 e 500 pontos:

———-baterias que fecharam a quinta-feira:

1.a: Mick Fanning (AUS) 16.37 x 10.50 Jocelyn Poulou (TAH)
2.a: Ian Walsh (HAW) 12.40 x 8.00 Taj Burrow (AUS)
3.a: Anthony Walsh (AUS) 15.43 x 13.10 Nat Young (EUA)
4.a: Alain Riou (TAH) 12.03 x 11.77 Adriano de Souza (BRA)

———-abriram a sexta-feira:

5.a: Nathan Hedge (AUS) 15.33 x 14.76 Michel Bourez (TAH)
6.a: Josh Kerr (AUS) 17.17 x 13.17 Patrick Gudauskas (EUA)
7.a: Julian Wilson (AUS) 14.77 x 8.60 Alejo Muniz (BRA)
8.a: Adam Melling (AUS) 14.10 (8.33) x 14.10 (8.27) Sebastian Zietz (HAW)
9.a: Miguel Pupo (BRA) 15.30 x 14.97 Filipe Toledo (BRA)
10: Jeremy Flores (FRA) 19.33 x 17.10 Brett Simpson (EUA)
11: Kai Otton (AUS) 19.06 x 14.33 Kolohe Andino (EUA)
12: Adrian Buchan (AUS) 13.90 x 13.60 Travis Logie (AFR)

PRIMEIRA FASE NA QUINTA-FEIRA: Vitória=Terceira Fase / 2.o e 3.o=Repescagem:

1.a: 1-Bede Durbidge (AUS)=10.67, 2-Patrick Gudauskas (EUA)=10.63, 3-Nat Young (EUA)=3.13
2.a: 1-Matt Wilkinson (AUS)=15.07, 2-Taj Burrow (AUS)=13.80, 3-Nathan Hedge (AUS)=10.00
3.a: 1-Jordy Smith (AFR)=14.93, 2-Alain Riou (TAH)=11.33, 3-Travis Logie (AFR)=6.57
4.a: 1-Joel Parkinson (AUS)=16.06, 2-Kolohe Andino (EUA)=15.17, 3-Anthony Walsh (AUS)=14.83
5.a: 1-Kelly Slater (EUA)=14.00, 2-Ian Walsh (HAW)=13.83, 3-Brett Simpson (EUA)=9.43
6.a: 1-Fredrick Patacchia (HAW)=15.77, 2-Mick Fanning (AUS)=10.60, 3-Jocelyn Poulou (TAH)=8.80
7.a: 1-Kieren Perrow (AUS)=16.60, 2-Adrian Buchan (AUS)=10.60, 3-Adriano de Souza (BRA)=10.00
8.a: 1-Yadin Nicol (AUS)=14.07, 2-Michel Bourez (TAH)=13.13, 3-Kai Otton (AUS)=12.67
9.a: 1-Gabriel Medina (BRA)=12.16, 2-Alejo Muniz (BRA)=11.87, 3-Josh Kerr (AUS)=11.37
10: 1-C. J. Hobgood (EUA)=13.50, 2-Jeremy Flores (FRA)=13.27, 3-Adam Melling (AUS)=11.10
11: 1-John John Florence (HAW)=16.57, 2-Julian Wilson (AUS)=11.17, 3-Miguel Pupo (BRA)=6.20
12: 1-Damien Hobgood (EUA)=13.16, 2-Filipe Toledo (BRA)=6.93, 3-Sebastian Zietz (HAW)=2.60

Medina avança ao terceiro round e Mineirinho é eliminado em Teahupoo



No primeiro dia de janela da etapa de Teahupoo do Circuito Mundial de Surfe, no Taiti, Gabriel Medina foi o único brasileiro a avançar direto para o round 3, ao vencer a bateria diante do compatriota Alejo Muniz, que chegou a liderar, e do australiano Josh Kerr, somando 12,16 (7,33 + 4,33), contra 11,87 de Muniz e 11,37 do gringo. Já Adriano de Souza, o Mineirinho, sétimo colocado na corrida pelo título, foi eliminado na quarta bateria da repescagem pelo polinésio Alain Riou, que conseguiu um 12,03, contra um 11,77 do "Mineiro".

Felipe Toledo, Alejo Muniz e Miguel Pupo também estão na repescagem, mas só vão cair na água nesta sexta-feira, nas outras oito baterias do round 2. No primeiro dia, Taj Burrow e Nat Young, dois atletas dentro do top 10, também foram eliminados. A primeira chamada do segundo dia acontece no final da tarde de sexta-feira (horário de Brasília).

- Só me preocupei em pegar minhas ondas. Fiquei muito feliz com o resultado do primeiro dia. E só quero estar bem. Adoro surfar em Teahupoo, amo essas ondas e quero me manter focado para seguir em frente na competição - disse Medina ao final de sua bateria no round 1.

Medina foi o único brasileiro a avançar direto para o round 3 (Foto: ASP/Kirstin)

Medina vence bateria na reta final

Medina conseguiu boas manobras, colocou pressão nos rivais e depois de um belo tubo alcançou um 7,33, assumindo a ponta da bateria na reta final, deixando para trás Josh Kerr e Alejo Muniz, que liderava no momento. O australiano, por sua vez, não se encontrou no round, marcado pelo forte vento maral, que estragava a formação das ondas e ajudou Medina a se manter na frente.

Na sétima bateria do dia, Adriano de Souza acabou em último lugar na disputa em trio. Ele somou 10 pontos, ficando atrás de Adrian Buchan, que também foi para a repescagem, e de Kieren Perrow, que avançou direto para o terceiro round. Já na repescagem, o brasileiro chegou a liderar no início, mas Alain Riou encaixou duas ondas seguidas, com (6.10 + 5.93) e venceu com 12,03. Mineirinho ainda conseguiu um 6,10 no último minuto, mas foi insuficiente para virar o jogo.

Miguel Pupo também se deu mal no round 1, ficou em último, com apenas 6,20 pontos, e foi para a repescagem, onde terá pela frente outro integrante da "Brazilian Storm" Felipe Toledo, que no round 1 ficou em segundo em sua bateria. Ele somou 6,93 pontos. Com 13,16 pontos, Damien Hobgood venceu e foi direto para o round 3. Já Alejo Muniz, que levou a pior contra Gabriel Medina, vai pegar o australiano Julian Wilson na repescagem (veja os confrontos abaixo).
Kieren Perrow conseguiu a maior pontuação geral do primeiro dia em Teahupoo (Foto: ASP/Hayden-Smith)

No terceiro round

Gabriel Medina (BRA)
Bede Durbidge (AUS)
Matt Wilkinson (AUS)
Jordy Smith (AFS)
Joel Parkinson (AUS)
Kelly Slater (EUA)
Fredrick Patacchia (HAV)
Kieren Perrow (AUS)
Yadin Nicol (AUS)
CJ Hobgood (EUA)
John John Florence (HAV)
Damien Hobgood (EUA)

Duelos da repescagem

Julian Wilson (AUS) x Alejo Muniz (BRA)
Miguel Pupo (BRA) x Felipe Toledo (BRA)
Sebastian Zietz (HAV) x Adam Melling (AUS)
Jeremy Flores (FRA) x Brett Simpson (EUA)
Kai Otton (AUS) x Kolohe Andino (EUA)
Adrian Buchan (AUS) x Travis Logie (EUA)
Josh Kerr (AUS) x Patrick Gudauskas (EUA)
Michel Bourez (PLF) x Nathan Hedge (AUS)

Eliminados na repescagem (quatro baterias foram disputadas nesta quinta-feira)

Jocelyn Poulou (PLF)
Taj Burrow (AUS)
Nat Young (EUA)
Adriano de Souza (BRA)

Paulista de surfe tem etapa disputada em Guarujá neste fim de semana



Tradicional no cenário brasileiro e conhecido por revelar e trabalhar muito bem os talentos da nova geração, o Circuito Paulista de Surfe ( Hang Loose Surf Attack ) terá a segunda etapa neste sábado e domingo, no canto do Maluf, na Praia de Pitangueiras.

Em disputa, as categorias júnior (até 18 anos), mirim (limite de 16 anos), iniciante (no máximo 14 anos), estreante (12 anos para baixo) e petit (sub10), valendo pelo ranking paulista 2013. Entre os talentos confirmados no evento, um dos destaques é o guarujaense Vitor Mendes que venceu na categoria mirim, na primeira etapa do Circuito, em Santos e soma 1.000 pontos na competição.
Vitor Mendes é um dos destaques da competição (Foto: Divulgação / Silvia Winik)

- Estou bem confiante e vou para ganhar essa etapa. É muito bom competir onde você conhece o mar. Dá mais confiança, - afirmou o surfista de 15 anos, que também disputará a júnior.

- Vou correr as duas. Esse campeonato é muito importante, ainda mais que estou na minha Cidade. Esse momento de vitórias é o resultado de todos os meus treinos.

Outro representante de Guarujá é o estreante Eduardo Motta que ficou em segundo lugar em sua categoria e soma 900 pontos. No geral por cidades, Guarujá ocupa a segunda posição do ranking.

Caio Cavalcanti intensifica os treinos para o Brasileiro de Bodyboarding



'A prática leva à perfeição', disse certa vez o maior surfista de todos os tempos: Kelly Slater. Dono de onze títulos mundiais, o careca sabia o que estava falando ao proferir estas palavras. Para um competidor, o treino é algo fundamental. Sem ele, o praticante não evolui. O surgimento de novas manobras exige do atleta uma dedicação maior, um empenho constante. Adaptar-se à evolução do surfe não é tarefa fácil, por isso o treino se torna indispensável.

Caio Cavalcanti concorda com esta ideia. Ele acredita que o treino pode fazer com que um atleta alcance um nível de excelência em sua modalidade. E foi pensando nisso, que o bodyboarder de 17 anos viajou ao Rio de Janeiro para aperfeiçoar sua performance, antes da primeira etapa do Circuito Brasileiro de Bodyboard, que seria realizado neste fim de semana em Rio das Ostras-RJ, mas, que acabou sendo cancelado de última hora. Apesar do imprevisto, a viagem não foi em vão. O atleta aproveitou para fazer o reconhecimento do pico, que recebeu sua aprovação.

- Eu resolvi viajar antes da etapa para treinar. No Rio tem muitas ondas de qualidade. Em São Conrado tem um pico que eu sempre desejei surfar. Foi a minha primeira vez no Rio de Janeiro, fiquei muito feliz em poder surfar as ondas cariocas. O treino em Rio das Ostras rendeu bons frutos, é uma onda que parece muito com a de Jacarecica, que é onde eu surfo, então me adaptei muito bem a ela. Foi incrível - contou empolgado.
Caio é o atual campeão alagoano de bodyboarding (Foto: Arquivo pessoal/Caio Cavalcanti)

É a primeira vez que Caio vai disputar o Campeonato Nacional. Ele será o único representante de Alagoas na competição. A expectativa de correr o circuito é grande, o bodyboarder espera mostrar a sua melhor performance e, quem sabe, faturar o título. Sobre o cancelamento do evento - a etapa foi remarcada para novembro - o atleta contou que não ficou desapontado, pelo contrário, ele acredita que terá mais tempo para treinar.
A expectativa para disputar o Brasileiro é grande, é a primeira vez que corro o circuito. Espero dar sorte nas minhas baterias, mostrar um bom surfe e ser campeão brasileiro."
Caio Cavalcanti

- A expectativa para disputar o Brasileiro é grande, é a primeira vez que corro o circuito e serei o único atleta de Alagoas a rodar o campeonato. Espero dar sorte nas minhas baterias. Que subam boas ondas para que eu possa mostrar o meu melhor surfe e ser campeão brasileiro. Em relação a etapa ter sido cancelada, não acho que tenha sido ruim não, o bom é que terei mais tempo para me preparar para o próximo desafio. Vou investir em um treino funcional para me preparar melhor - contou.

Com o cancelamento da etapa de Rio das Ostras, o Circuito Brasileiro terá início nos dias 11, 12 e 13 de outubro, na cidade de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.

Praia de Tambaba, na PB, vai sediar o 6º Open de Surfe Nu em setembro



Em setembro, os praticantes de surfe e naturismo vão poder unir esporte a filosofia de vida na Paraíba. É que nos dias 7 e 8 vai ser realizada a 6ª edição do Tambaba Open de Surfe Naturista, na Praia de Tambaba, na cidade de Conde. De acordo com o coordenador do evento, Carlos Santiago, a expectativa é que mais de 40 atletas de todo o país participem da competição.

A competição, que acontece desde 2008 e foi idealizada pelo movimento Naturistas Unidos (NU), vai ser disputada nas categorias Local, Open e Expression Session. No sábado, acontecem as disputas na categoria considerada a de maior grau de dificuldade, que é a Expression. E para o dimingo fica reservada a briga pelo título nas categorias Local e Open.

As inscrições vão ser feitas no dia de cada prova, sempre das 9h às 12h. Um stand da secretaria do campeonato será instalada na Praia de Tambaba para os atletas se cadastrarem. O preço da inscrição é R$ 30.

Carlos Santiago disse também que o evento contará com programação cultural, além da competição esportiva. Está previsto a realização de shows musicais, exposição de artes e aulas de surfe na Escola SurfeNU.

Confira a programação completa do evento:

Sábado
12h30 às 13h - abertura
13h15 às 14h - congresso técnico
14h15 às 16h - categoria maior grau de dificuldade (Expression Session)

Domingo
13h às 14h - categoria Local
14h15 às 16h - categoria Aberto (Open)
16h15 - premiação dos vencedores

Programação paralela

Sábado
9h às 12h - aulas de surfe (Escola SurfNU) – Setor Naturista
9h às 16h - exposição 10 Anos de Naturistas Unidos – Tambaba Camping
22h às 0h - Show Comemorativo – Restaurante A Arca de Bilú
Open Tambaba de Surfe Nu será nos 7 e 8 de setembro (Foto: Larissa Keren / Globoesporte.com)

Com eliminatória adiada, Medina é o único brasuca na briga em Teahupoo



Gabriel Medina é o Brasil em Teahupoo. Com o adiamento do round 3, que teve somente oito de suas 12 baterias disputadas na manhã deste sábado, o garoto de Maresias teve também adiado seu duelo com o havaiano Fredrick Patacchia e é o único brasuca ainda com chances na 6ª etapa do Circuito Mundial de surfe, no Taiti.

Na repescagem, Alejo Muniz deu adeus ao cair diante de Julian Wilson. O australiano conseguiu um 14,77 (7,77 + 7), contra um 8,60 do brasileiro (4,83 + 3,77). Durante toda a bateria, Alejo não se encontrou e acabou não conseguindo impressionar os juízes. Já Wilson soube escolher melhor as ondas e seguiu para o round 3.

Miguel Pupo passou por Filipinho, mas foi eliminado por Florence e deu adeus em Teahupoo
(Foto: ASP/Divulgação)

Na bateria tupiniquim da repescagem, Miguel Pupo e Filipe Toledo fizeram uma disputa de altíssimo nível. As quatro melhores notas da bateria (duas para cada), foram acima de 7. Pupo anotou 15,30 (7,70 + 7,60), contra 14,97 (7,50 + 7,47) de Toledo, que voltou para casa.

Mas no round 3, porém, Pupo não foi páreo para John John Florence. O polinésio encaixou grandes ondas, com belos tubos longos, e além de um 9,10 logo na primeira onda, ainda fechou a bateria com um 10, sendo quase perfeito nos seus 19,10. Do outro lado, Pupo ainda conseguiu um 8,83 na sua primeira onda, mas fechou a bateria 4 com um 2,30 e ficou apenas com 11,13.

Kelly Slater avançou para o round 4 com uma bateria praticamente perfeita. O multicampeão mundial conseguiu um 9 e um 9,97, fechando com 18,97, eliminando Anthony Walsh, que fez 16,23 (8,60 +7,63).

Raphael Seixas chega às semifinais e conquista o Pernambucano de Surfe



O paraibano Raphael Seixas é o novo campeão pernambucano de surfe. O título foi confirmado neste sábado, com a semifinal da quarta e última etapa da temporada, na Praia de Zé Pequeno, em Olinda. Com o quinto lugar já assegurado, Raphael soma os pontos necessários para ser campeão independente dos resultados de seus rivais.
Raphael Seixas radicalizou na Praia de Zé Pequeno, na quarta e última etapa do Pernambucano de Surfe
(Foto: Ricardo Comber/Divulgação PBSurf)

O curioso é que o surfista paraibano fez uma etapa discreta para garantir o título. Nas duas baterias preliminares, ele avançou em segundo lugar. Nas oitavas, ele fez 8,83 pontos e ficou atrás do pernambucano Gabriel Farias, líder da bateria com 12,50. Ambos deixaram para trás a duplas de pernambucanos Kléber Ferreira (5,24) e Sidney Roque (2,96).

Já nas quartas de final, Raphael somou 11,40 pontos e ficou atrás do pernambucano Cesar Aguiar (13,83), eliminando da disputa o potiguar Alan Jhones (9,10) e outro paraibano, Samuel Igo (8,40).
Além de Raphael Seixas, o também paraibano Erbeliel Andrade está nas semifinais deste sábado no Circuito Pernambucano

Na semifinal, que acontece neste sábado, Raphael Seixas terá outro conterrâneo pela frente. Erbeliel Andrade avançou com o primeiro lugar em sua bateria. Ele fez 9,50 pontos, deixando a briga pelo segundo lugar para o trio de pernambucanos - Frank Cordeiro acabou se classificando com 7,83 pontos, eliminando Douglas José (7,20) e Júlio Pereira (6,10).

Raphael e Erbeliel são os 'intrusos' nas finais da etapa. Os outro quatro semifinalistas são pernambucanos: Gabriel Farias, que está na mesma bateria dos paraibanos; e ainda Cesar Aguiar, Frank Cordeiro e Thiago Silva, que estão no outro lado da chave. Os dois primeiros avançam para a grande final.

Mineiro Fala Sobre seu Quiver e o Swell para o Billabong Pro Tahiti

Adriano de Souza fala sobre suas pranchas e do swell previsto para as disputas do Billabong Pro Tahiti
Mineiro Fala Sobre seu Quiver e o Swell para o Billabong Pro Tahiti
Adriano de Souza (SP) no Billabong Pro Tahiti 2012foto: Steve Robertson (ASP)
Adriano de Souza (SP) no Billabong Pro Tahiti 2012foto: Steve Robertson (ASP)
Adriano de Souza (SP) no Billabong Pro Tahiti 2012foto: Steve Robertson (ASP)

O prazo de espera do evento começa hoje e vai até o dia 26 de agosto. Mineirinho cai na água na sétima bateria da primeira fase com os australianos Adrian Buchan e Kieren Perrow.

“Fala galera, segue o vídeo no qual estou falando sobre as minhas pranchas e do swell previsto para Teahupoo durante o campeonato. Eu tive uma sorte grande de conseguir um quiver de prancha especifica para o mar do Taiti que é um mar diferenciado. Eu estou confiante e espero obter um bom resultado nessa etapa para ficar colado nos lideres. Esse campeonato será muito importante. Já saiu o sorteio e estarei na sétima bateria junto com os australianos Adrian Buchan e Kieren Perrow. Hoje, dia 15, começa o campeonato e a previsão é de que teremos onda nos dois primeiros dias de evento. Após esses dois dias, a previsão não esta nada boa, ou seja, deveremos ter campeonato logo nos dois primeiros dias e depois os organizadores terão que selecionar os dias bons que restarão no resto da janela para finalizar essa etapa da melhor forma possível. Volto daqui a alguns dias com outro post falando dos primeiros dias de evento.” – Adriano de Souza.

Festa Surf na Veia

De volta o Projeto Surf na Veia, que visa reunir uma galera descolada do esporte que curte uma boa musica, em um ambiante agradável e confortável para todos. E para voltar em grande estilo a festa será uma balada Sushi Bar no ABC
Flyer da Festa Surf na Veia
Como convidado especial o Surfista Profissional Danylo Grillo, um dos grandes Tube Riders do Brasil protagonista de grandes filmes de surf como Surf Adventures, Pasti, Quintal de casa, Samba trance & rockandroll e muitos outros. Grillo revela seu talento também como músico, e está no seu novo projeto musical, juntamente com músicos consagrados do litoral norte de sampa, Lucas Nardo, Vitor Papini, Leandro Medeiros e Enzo Santiago formam a banda KV 200 Que em pouco tempo já conseguiram um grande entrosamento, fazendo grandes apresentações.

O bom gosto musical e o talento de todos fazem deles uma grande banda, e nas picapes teremos o Dj Arthur Coelho + convidado Ramones Sonora mandando muito hip hop, surf music e house. Apresentação dos melhores filmes do surfista Danylo De Moraes Grillo, sorteios de um final de semana na praia de Cambury, pranchas e vários brindes. Se você não vai ao litoral levaremos todo astral da praia ate você em uma unica noite!

Valores com nome na lista, homem R$20, mulher 15.

Realização: Ramones Sonora - Paulinho Moretto, Dragon Sushi Bar

Swimex inicia treino funcional de surf em Curitiba

A Swimex iniciou nesta semana as aulas do Swimex Surf Funcional, em Curitiba/PR, abrindo mais uma modalidade no programa de treinamentos funcionais da academia, que já contempla outros esportes como, Corridas de Rua, Triathlon, Muay Thai, Boxe e etc
Swimex inicia treino funcional de surf em Curitiba
Segundo o gerente de planejamento da Swimex, Rafael Tempo, o projeto foi desenvolvido para todas as pessoas, sejam elas atletas profissionais e amadores do esporte ou simplesmente alunos comuns que buscam uma melhora no condicionamento físico. Os treinos têm como pontos principais o equilíbrio físico e mental, força, explosão, flexibilidade, resistência física e cardiorrespiratória, características de um dos esportes aquáticos mais praticados no Brasil e no mundo. Para isso a Swimex fez a parceria com a empresa especializada em treinamentos desta modalidade, a Power Surf.

O surf tem se desenvolvido muito nas últimas décadas e através dos meios de comunicação tem influenciado milhões de praticantes e simpatizantes pelo mundo. “O Brasil tem aproximadamente 2,5 milhões de surfistas, sendo o oitavo esporte mais praticado no país, porém muitos deles não moram em cidades litorâneas, como é o nosso caso. O treinamento é um oportunidade destes atletas de fins de semana e até mesmo profissionais do estado, de ficarem mais preparados e melhorarem a performance na água”, declara Tempo.

O gerente técnico da Swimex, Fabricio Kozel, explica que o treinamento será dividido em três níveis de dificuldade, seguindo uma periodização estabelecida pela academia, que compõe variáveis de treino fraco, médio e forte. “Através da utilização de nossa periodização e progressão pedagógica nos exercícios, é possível que a evolução na modalidade ocorra tanto para o aluno iniciante quanto ao atleta profissional, como no caso do surfista paranaense Victor Valentim, atleta da academia, que já treina conosco”, afirma.

O treinamento – É uma alternativa na preparação física dos atletas do surf e que também pode ser utilizada pelos praticantes amadores. Esta metodologia de treinamento visa desenvolver as valências físicas mais importantes na prática da modalidade, priorizando exercícios que se assemelhem aos movimentos utilizados no esporte para gerar, com esse trabalho, estabilidade junto ao fortalecimento dos membros superiores e inferiores. A estabilidade é fundamental para os surfistas, sendo que a manobra flui do Core (centro do corpo) para as extremidades. O treinamento funcional para atletas do surf é uma tendência mundial e hoje já é praticada por grande parte dos grandes atletas do esporte nacional e mundial.

“Seguindo o princípio de que o praticante necessita de uma musculatura forte de membros superiores e inferiores para realizar movimentos mais eficazes no surf, o treinamento funcional irá trabalhar exercícios que tenham em sua característica a utilização do corpo como um todo, fazendo uso de toda a musculatura corporal e não apenas um músculo em específico (como no caso da musculação convencional), recrutando assim o maior número de fibras musculares possíveis”, declara Juliano Sanceverino Pilati, professor responsável pelas aulas na Swimex.

Além da parte física, o treinamento de aproximadamente 45 minutos tem uma parte dedicada ao equilíbrio mental do aluno, um ponto muito exigido no surf quando nos referimos às condições difíceis que o surfista encontra no mar, como condições climáticas adversas, tamanho e força de ondas.

“Nesta parte do treinamento utilizamos técnicas de respiração e concentração advindas do Yoga e Pilates, que se unem ao treinamento físico criando o que chamamos de técnica de Power Surf”, explica Sanceverino.

Já para Rodrigo Machado, um dos criadores do método, o Power Surf é a descrição completa da seqüência de gestos motores que o surfista realiza em cima da prancha. “Desde a simples subida na prancha até as manobras progressivas da nova geração, com movimentos elementares do surf adaptados para o solo, coordenados a técnicas respiratórias e bioenergéticas, originando a sistematização de um método exclusivo de aprendizagem, aperfeiçoamento técnico e treinamento da cadeia cinética das manobras do surf", cita Machado.

O gerente da Swimex revela que esta primeira etapa do projeto será realizada 100% em solo, mas já existem planos de levar uma parte dos treinos para a piscina da academia.

Serviço
Swimex Surf Funcional
Academia Swimex
Terças e quintas das 18h15 às 19h00.
Av. Cândido Hartmann, 1285 - Mercês Curitiba - PR, 80710-570
(41) 3336-5000

Samuel Pupo é destaque no Hang Loose Surf Attack na Praia de Pitangueiras

Com DNA de surf de primeira, Samuel Pupo é destaque no Hang Loose Surf Attack e briga por novas vitórias no sábado e domingo na Praia de Pitangueiras, em Guarujá
Samuel Pupo é destaque no Hang Loose Surf Attack na Praia de Pitangueirasfoto: Munir El Hage
Filho do experiente Wagner Pupo e irmão caçula do top do World Tour, Miguel Pupo, o jovem Samuel Pupo já vem mostrando que segue o DNA de surf de primeira da família. Dono de três títulos no Hang Loose Surf Attack, o atleta vem de grande atuação na etapa inicial do Circuito, com a vitória incontestável na categoria iniciante e o segundo lugar, por menos de meio ponto na júnior, superado apenas pelo atual campeão paulista Marcos Corrêa.

“A prioridade está mais na iniciante, porque é o meu último ano. E também porque é a minha categoria. Mas também pretendo fazer nova final na júnior. Sei que não será fácil, mas não custa nada tentar (risos)”, afirma o surfista, que a exemplo de outros atletas revelados no Hang Loose, vem traçando a sua trajetória com títulos. “Sem dúvida, o apoio familiar conta muito. E isso ele tem de sobra”, avalia o presidente da Federação Paulista de Surf, Silvia da Silva, o Silvério, que acompanhou todos os talentos surgirem no Paulista de Base desde 1988.

A competição, no Canto do Maluf, tem início no sábado, às 8 horas, com a categoria júnior (até 18 anos). Também entrarão no mar os atletas da mirim (limite de 16 anos) e da iniciante (no máximo 14 anos). No domingo, as disputas recomeçam às 8h, com as finais das 13h30 às 15h10. Além da júnior, mirim e iniciante, o Hang Loose Surf Attack tem as categorias estreante (12 anos para baixo) e petit (sub10).

Todo o evento terá transmissão ao vivo pelo linkwww.hangloose.com.br/surfattack2013, onde há todas as informações, do Circuito. Na areia, os atletas e público terão as tendas com diversões, como pebolim, ping pong, além de várias gincanas educacionais e recreativas, com brindes durante todo o dia.

O Hang Loose Surf Attack tem os patrocínios de Overboard, Bleat, Hot Water, Central Surf, Super Tubes, Sthill e Surftrip. Copatrocínios de GoPro, Rhyno Foam, Reef, Amazoo Açaí e CT. Divulgação: Revista Fluir. Apoios das prefeituras de Santos, Guarujá, São Sebastião e Ubatuba, Associação Santista de Surf, Associação de Surf de Guarujá, Associação de Surf de São Sebastião, Associação Ubatuba de Surf, Governo do Estado de São Paulo, com organização da Federação Paulista de Surf.

Alan Donato - Nicarágua 2013

Em uma nova etapa da carreira, Donato quer ir além das competições. As disputas continuam a mil, mas conhecer outras ondas e as história ao redor do esporte é um novo foco. Ao lado do fotógrafo Clemente Coutinho, o local de Maracaípe, Porto de Galinhas, viveu momentos incríveis. Ao todo, a trip na Nicarágua e em El Salvador durou 18 dias.

"A Nicarágua foi a base de tudo. Lá, pude surfar esquerdas incríveis. Além de treinar meu backside, tive a chance de encarar ondas perfeitas. Amo os campeonatos, a adrenalina da disputa, mas essas viagens em busca de condições épicas estão me transformando num profissional mais completo. E feliz", disse o pernambucano. "Fiquei 15 dias na Nicarágua e, com Clemente, a vibe foi total. Por isso, acho que consegui editar o melhor filme de uma viagem minha, que pode ser conferido aqui. Clemente foi um show à parte. As fotos e as imagens dele são um diferencial do trabalho", disse.

A ideia é contar um pouco da história na Nicarágua. Na fornalha, Alan Donato trabalha a segunda parte da viagem, nas direitas de El Salvador, uma especialidade do surfista, conhecido pelo estilo plástico e polido. "Em El Salvador ficamos apenas três dias. Mas a qualidade das ondas foi um diferencial. Ou seja, ficamos menos tempo do que na Nicarágua, só que rendeu muito por conta das boas condições. Estou trabalhando forte neste novo short film. Vai ser tão bom quanto o da Nicarágua e vai trazer meu parceiro de viagens Luel Felipe, que está insano e com a prancha no pé. Podem esperar", afirmou.

Alan Donato corre atrás da perna europeia da divisão de acesso do circuito mundial. Ao lado de outros pernambucanos, dá um gás extra nos eventos, mas sem se descuidar da nova proposta: olhar sempre ao redor e trazer a riqueza do mundo do surfe nos vídeos que ele mesmo edita. "O sonho de fazer parte da elite do surfe mundial é uma coisa não sai da minha cabeça. Em contrapartida, há uma riqueza grande de informação e assuntos a serem abordados na Europa. E vamos trazer tudo para o nosso público", adiantou.

A nova blitz do surfista pernambucano Alan Donato foi na América Central. No trajeto, as esquerdas da Nicarágua, as direitas de El Salvador