quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Pesquisa conclui que surfar causa menos lesões que jogar futebol ou basquete

O imaginário popular pode ver o surfe como um esporte radical e perigoso, mas um novo estudo mostra que não é bem assim. Pesquisadores dos Estados Unidos calcularam a taxa de lesões entre surfistas de competição e descobriram que elas são mais baixas do que as ocorridas entre jogadores amadores de futebol ou de basquete.

A pesquisa, realizada por membros do Hospital de Rhode Island e da Escola Médica Brown, teve seus resultados publicados na edição de janeiro do periódico American Journal of Sports Medicine.

Os cientistas concluíram que o surfe competitivo apresenta risco relativamente baixo de lesões – 6,6 ferimentos significativos a cada mil horas de atividade – em relação a outros esportes com dados comparáveis disponíveis, segundo o coordenador do estudo, Andrew Nathanson, do Centro de Prevenção a Lesões do Hospital de Rhode Island.

O surfe cresceu rapidamente em popularidade desde a década de 1960, mas pouco se sabe sobre lesões relativas ao esporte – especialmente a respeito de freqüência, mecanismos ou fatores de risco.

Nathanson e equipe coletaram dados sobre lesões em 32 competições de surfe ao redor do mundo, tanto profissionais quanto amadoras. Foram documentados detalhes sobre os ferimentos ocorridos durante as competições, assim como o tamanho das ondas, mecanismo de lesão e tratamento. Lesões “consideráveis” foram qualificadas como as que impediam o paciente de surfar por um ou mais dias, que resultaram em hospitalização ou que requeriam pontos no local.

Torções e distensões nas extremidades baixas, particularmente nos joelhos, foram os episódios relatados com mais freqüência. Segundo os autores do estudo, a explicação são viradas agressivas e manobras aéreas, que rendem muitos pontos nas competições, mas que, aparentemente, forçam demasiadamente o joelho do atleta.

Estudos anteriores realizados pela equipe mostraram que, no surfe recreativo, os cortes e contusões eram as lesões mais comuns – as mesmas que ficaram em segundo lugar entre os surfistas competidores. Na maior parte, os ferimentos foram causados por contato entre surfista e prancha.

Os cortes são mais comuns no surfe recreativo, de acordo com os pesquisadores, porque durante as competições o ambiente é mais controlado, com um número limitado de surfistas na água. Além disso, o nível técnico dos surfistas de competição é maior.

A pesquisa indica que o surfe em grandes ondas dobra o risco de lesões. O surfe nas praias com fundo de areia também se mostrou bem menos propício às lesões do que em praias com fundo coberto por corais ou rochas.

Segundo os pesquisadores, os resultados podem ajudar a estimar as necessidades de apoio médico em competições e auxiliar na fabricação de pranchas mais seguras ou de equipamentos de proteção.

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